12 de jan. de 2008

Redondilhas

Menores:

E a / go / ra, / Jo / sé?

A / fes / ta a / ca / bou,
a / lu / z a / pa / gou,
o / po / vo / su / miu,
a / noi / te es / fri / ou,
e a / go / ra, / Jo / sé?
e a / go / ra, / Vo / cê?

Drummond

Maiores:

Vou / -me em / bo / ra / pra / Pa / sár / gada
Lá / sou / a /mi / go / do / rei
Lá / te / nho a / mu / lher / que eu / que / ro
Na / ca / ma / que es / co / lhe / rei
Manuel Bandeira

Meus / o / lhos / te o / fe / re / ço:
es / pe / lho / pa / ra / fa / ce
que / te / rás, / no / meu / ver / so,
quan / do, / de / pois / que / pa / sses,
ja / mais / nin / guém / te es / que / ça.
Cecília Meireles

A / Se / rra / do / Ro / la- / Mo / ça
Não / tinha e / sse / no / me / não...
E / les / e / ram / do ou / tro / lado,
Vie / ram / na / vi / la / ca / sar.
E a / tra / ve / ssa / ram / a / serra,
O / noi / vo / com a / noi / va / dele
Ca / da / qual / no / seu / ca / valo.
Mário de Andrade


Agora a pergunta: O verso livre é livre de rima, mas e a métrica? E o ritmo? Claro, claro, a redondilha se aproxima da prosódia do português, mas... Se aproxima? De qual das prosódias do português? Cada dialeto possui uma prosódia, a leitura realizada por cada variante é diferente... Compreendem?

Bem, vou pensar um pouco mais sobre isso depois proponho um pensamento melhor... Por enquanto fica a apresentação da curiosidade... Mas isso vale um estudo. Quem sabe... Quem sabe...


(PS: Em poemas do Oswald não encontrei nenhum exemplo assim... Talvez seja coincidência. Talvez não.)
(PS II: Claro que eu não pensei nisso sozinho. Crítica Contemporânea Francesa pensou isso com os alexandrinos... Porque não fazemos nas redondilhas e nos decassílabos?)

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