29 de mar. de 2008


"A futilidade num velho desgosta-me tanto quanto a gravidade numa criança. Vossa Excelência precisa menos cincoenta annos de edade, ou então mais cincoenta de reflexão."

Anthero de Quental

26 de mar. de 2008

You don’t know but that’s okay
You might find me anyway
Don’t you know that i
Belong arm in arm with you, baby
In a town that’s cold and gray
We will have a sunny day
Don’t you know that i
Belong arm in arm with you, baby…

I do not know
Where does it go
When it goes
Suddenly though
Everything’s slow
And i miss you so



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23 de mar. de 2008

Ao romper da manhã apagara-se a lâmpada. Mariana saíra a pedir luz, e ouvira um gemido estertoroso. Voltado às escuras, com os braços estendidos para tatear a face do agonizante, encontrou a mão convulsa, que lhe apertou uma das suas, e relaxou de súbito a pressão dos dedos.

Entrou o comandante com uma lâmpada, e aproximou-lha da respiração, que não embaciou levemente o vidro.

- Está morto! - disse ele.

Mariana curvou-se sobre o cadáver, e beijou-lhe a face. Era o primeiro beijo. Ajoelhou-se depois ao pé do beliche com as mãos erguidas, e não orava nem chorava. [...]

Dois homens ergueram o morto ao alto sobre a amurada. Deram-lhe o balanço para o arremessarem longe. |E, antes que o baque do cadáver se fizesse ouvir na água, todos viram, e ninguém já pôde segurar Mariana, que se atirara ao mar.

À voz do comandante desamarraram rapidamente o bote, e saltaram homens para salvar Mariana.

Salvá-la!...

Viram-na, um momento, bracejar, não para resistir à morte, mas para abraçar-se ao cadáver de Simão, que uma onda lhe atirou aos braços.

15 de mar. de 2008

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Tentei muito escrever, mas o que sobrou de meus pensamentos foi isso - branco.

13 de mar. de 2008

Um Curta-Metragem

Garimpando no Youtube, descobri esse curta.



Moral da História...

1 de mar. de 2008

Uma Visão

Por mais que tentasse não podia me prender às suas laterais. Não havia como subir ou fugir. Em volta me dilacerava a pele pedacinho por pedacinho, tornando uma mistura lilás o sangue que de mim escorria com a parede. Cheguei ao fundo, e para cima o que via eram só pedaços que haviam flutuado naquele espesso ar embriagado. Foram caindo pouco a pouco, me tocaram a carne-viva como se fossem realmente ainda parte, um toque do próprio toque. Os pelos daquelas paredes, ouriçados, gritavam ensurdecedoramente enquanto uivava o vento que passava lá em cima, de onde caí sem perceber. Os sussurros das moções da morte rondavam minha cabeça crua, enquanto mais e mais pedaços se juntavam. Aquele liquido incolor e salgado que escorria pelas laterais eu não entendia, e tentava ao mesmo passo decifrar o lugar onde caí: um vão entre a desilusão e a morte, uma imensidão vazia, em branco. Um coração. Não sabia o que fazer dentro dele.